Os jardins de Marraquexe, Marrocos
Os jardins de Marraquexe: A azáfama de Marraquexe é excitante, mas pode ser avassaladora. Um dos principais segredos para desfrutar de uma estadia prolongada na Cidade Vermelha é fazer pequenas pausas nos muitos jardins e parques da cidade.
8 JARDINS DE MARRAQUEXE:
Os jardins de Marraquexe também lhe proporcionarão momentos para respirar e reconectar-se com a natureza após uma sessão de visitas às lojas e souks. A maioria dos jardins é gratuita ou custa apenas 10 dirhams, o que torna fácil sentar-se num parque ou jardim para relaxar. Se precisar de fugir à loucura da medina, dirija-se a um destes jardins para refrescar o seu espírito.
1 – JARDIM MAJORELLE:
O Jardin Majorelle é talvez o jardim mais famoso de Marraquexe e certamente o mais “egoísta”. É um magnífico jardim botânico de quase 1 hectare centrado em torno de um riad com arquitetura de inspiração mourisca em azuis e amarelos brilhantes. Passeie por ruelas sombrias e plantas exóticas e relaxe junto a riachos tranquilos com lírios e flores de lótus flutuantes. Os jardins têm o nome de um artista francês expatriado, Jacque Majorelle, que projectou o edifício (uma estrutura de estilo riad) nas décadas de 1920 e 1930. No interior dos jardins existe um pequeno museu arqueológico. Este contém informações interessantes sobre a arte islâmica e a cultura berbere. Para desfrutar da tranquilidade dos jardins, vale a pena levantar-se cedo e visitá-los às 8 horas da manhã, antes da chegada das multidões, ou à noite, quando as multidões já se foram embora.
2 – JARDINS ANIMA:
Jardins Anima é um jardim recentemente inaugurado, desenhado por André Heller, que está a receber merecidos elogios e atenção pelo seu design imaginativo e criativo. Localizado no sopé das montanhas do Alto Atlas, no Vale de Ourika, a 27 km de Marraquexe, este jardim oferece algo completamente diferente e vale a pena a viagem de 30 minutos até à cidade.
Passeando por caminhos sombrios e pavilhões, com as montanhas do Alto Atlas como pano de fundo, encontrará esculturas de personagens invulgares – imagens estranhas e maravilhosas do artista premiado e designer multimédia – que acrescentam uma atmosfera mágica de “país das maravilhas” à experiência. O museu concebido por Carmen Wiederin é também uma paragem interessante, com exposições rotativas de pinturas, fotografias e objectos de artistas de todo o mundo. O Café Marocain Paul Bowles está situado perto da entrada do jardim e serve sumos frescos, chá e pastelaria. Evite visitá-lo durante o calor do meio-dia e planeie a sua visita para a tarde, quando a luz dourada é mais suave.
3 – JARDINS DO PALÁCIO DA BAHIA:
Situado na antiga medina de Marraquexe ao longo da Mellah, o bairro judeu, o Bahia Palace é um excelente exemplo do tradicional espaço palácio-jardim de Marraquexe. Com uma atmosfera andaluza e uma impressionante exibição de mosaicos zellij e arquitetura marroquina, é um dos palácios antigos imperdíveis de Marraquexe. As datas exactas de construção são desconhecidas, mas historiadores e arqueólogos concordam que o edifício foi utilizado já em 1859 e concluído em 1900.
Si Moussa e o seu filho construíram-no em duas fases diferentes, pelo que a disposição e o design são ligeiramente irregulares e desarticulados, o que contribui para a sensação de aventura e descoberta ao percorrer as diferentes partes do complexo do palácio. Os materiais utilizados para criar os magníficos exemplos de zellij, cerâmica e trabalhos em madeira no palácio provêm de todo o Norte de África. Vale a pena visitar o palácio com um guia que lhe explicará a geografia e a história de Marrocos e lhe mostrará onde os diferentes materiais foram utilizados na arquitetura original.
4 – JARDINS AGDAL:
Talvez o jardim mais importante de Marraquexe, os Jardins Agdal foram construídos no século XII pela dinastia Almohade. Originalmente criados como um pomar, os jardins cobrem uma imensa área de mais de 400 hectares. O seu nome deriva de uma palavra amazigh que significa “prado murado” e reflecte as fileiras de árvores que compõem a imensa extensão do jardim, incluindo laranjeiras, limoeiros, figueiras, damasqueiros e romãzeiras. É preciso dizer que alguns visitantes do Agdal ficam um pouco desiludidos. Não existe um “caminho” a seguir num interessante recinto museológico, mas a vista panorâmica sobre a água e os bosques é impressionante.
5 – JARDINS DE KOUTOUBIA:
Estes são os parques mais fáceis e mais convenientes para uma pausa rápida na medina. Se Djemma El Fna parecer demasiado, atravesse a rua para a Mesquita Koutoubia e passeie pelos parques e fontes atrás da mesquita. Apenas a dois minutos a pé da Koutoubia fica o Parque Cibernético, que vale a pena explorar pela sua atmosfera moderna de ficção científica. Os habitantes locais relaxam aqui durante todo o dia e é um ótimo lugar para se sentar debaixo de uma palmeira verdadeira e ler um livro ou apenas ver o mundo passar.
6 – JARDINS DO PALÁCIO EL BADI:
Um antigo palácio em ruínas localizado a uma curta distância a pé da Bahia, por isso os dois sítios são fáceis de visitar juntos enquanto se explora o Mellah. O local está bastante degradado e atualmente em renovação. No entanto, El Badi oferece um encanto único que, segundo muitos, faz com que as pessoas prefiram o Palácio El Badi ao Bahia. Encomendado pelo sultão árabe saadiano Ahmad-al-Mansur e concluído em 1593, o complexo demorou 25 anos a ser concluído e foi construído com os materiais mais caros da época, incluindo ouro e ónix. Passear pelos jardins e pavilhões submersos e admirar o que é considerado um dos melhores exemplos da arquitetura Saadiana em Marrocos.
7 – JARDINS DO PALMEIRAL:
Um grande palmeiral na periferia norte de Marraquexe, não espere um jardim com entrada, é simplesmente – e surpreendentemente – uma vasta extensão de palmeiras. Com 5 km de comprimento e uma área de 54 km2 , o Palmeraie foi em tempos um dos maiores palmeirais do Norte de África. Numerosos hotéis e restaurantes pontuam o oásis, como o Palmeraie Golf Palace, mas a atmosfera da região pode ser vivida simplesmente ao conduzir pelo coração dos palmeirais. Camelos e guias esperam em vários pontos da estrada por quem quiser entrar no oásis. Uma antiga lenda diz que o palmeiral foi criado por sementes de tâmaras atiradas ao chão por guerreiros árabes, mas na realidade foi criado no tempo dos almorávidas por uma rede de canais subterrâneos de irrigação “qanat”, como o Menara e o Agdal. Se o percorrermos, podemos ainda ver os vestígios do antigo sistema de irrigação, atualmente seco.
8 – OS JARDINS DE MENARA:
O jardim Menara situa-se a oeste de Marraquexe, à entrada da cordilheira do Atlas, e é conhecido como a irmã mais nova do Agdal. Também criado pela dinastia Almohade, o nome Menara deriva do pavilhão com um pequeno telhado piramidal verde (menzeh), que se traduz por farol. O significado da tradução não se refere a qualquer finalidade prática como farol, mas reflecte um significado religioso do edifício. A menara é muito semelhante à de Agdal, com uma grande bacia que servia também para irrigar os bosques e pomares circundantes através de uma rede muito sofisticada de canais subterrâneos.